Golden Beach – Portland!
Após o churrasquinho da noite
anterior, acordamos ainda lembrando das risadas e da empolgação no lodge, com
uma leve ressaca por parte do expedicionários, John acompanhando inclusive
neste quesito, how fun! Tomamos o café e rumamos para Portland – OR.
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Costa de Oregon, pedras, falésias perfazem um cenário lindo. |
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Costa de Oregon |
O dia ensolarado, friozinho
ameno, perfeito para pilotar. Estávamos ansiosos com a cidade de Portland.
Tínhamos ainda a revisão das motos por fazer e com isso, alguns dias para
desfrutar na principal cidade de Oregon, com aproximadamente 600 mil
habitantes, chegando a mais de 1 milhão se somado às cidades satélites.
Acolhedora, limpa, perto da confluência dos rios Willamette e Columbia,
considerada uma das dez mais ecológicas do mundo, principalmente, pelo uso de
carros elétricos, como o exemplo que foi nos dado pelo amigo John Jonhson, que dirige o seu Honda Fit ecologicamente correto. Por algumas vezes,
estacionamos em estacionamentos privativos onde a vaga para tal é assegurada,
com ponto de “carregamento” ou abastecimento, além de um incentivo do governo
para compra destes veículos, estimulando a população.
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Alce, fazenda entre Golden Beach e Portland, route 128. |
Chegamos a Portland e fomos
direto para as concessionárias, Achilles e Gustavo para BMW e Silvio e John
para Triumph. Assim que os trâmites de agendamento foram feitos, apesar de
certa dificuldade, pois não agendamos com antecedência. Bem que tentamos, mas
trabalham aos domingos e tiram folga nas segundas (como saber?). Fica o alerta para
os que aí pretendem se aventurar, agendamento é importante nos US e Canadá,
pois aqui, regras são regras.
Fomos bem recebidos nas
concessionárias, já não com o mesmo “calor latino”, mas com eficiência e muitos
check lists, padrão americano. Fica a lembrança do que já havíamos vivenciado
em Albuquerque, aqui não tem muita maleabilidade para consertar peças, preferem
trocá-las, o consumo impera e isso, infelizmente, hoje acarreta num custo
elevado para brasileiros, diante na depreciação
do Real. Silvio teve que trocar velas, filtros e manutenção das válvulas programadas para os 35 mil km, caro por sinal!
Logo após deixarmos as
concessionárias, perto das 17h, fomos de taxi para a casa do John, que já nos
aguardava.
O local é bem interessante,
difere do habitual para nós, pois ele mora no rio (risos). Explicando, é um
tipo de casa que eles chamam de “boat house” ou casa barco, onde as casas ficam
literalmente alocadas no rio, como barcos ancorados a um píer. No jardim, o rio
Willamete, maravilhoso por sinal. Fotos em anexo. O rio é limpo e tem inclusive
salmões.
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Vista da Boat House do Jonh, Willlamete river ao fundo. |
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Ufanismo americano. Interessante e justificável o patriotismo. |
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Pier entre as boat houses. |
Boat houses ancoradas.
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Gustavo no deck de John's house, lugar aprazível. |
Nos alojamos, sentamos, tomamos
uma cerveja e discutimos um pouco mais sobre a viagem, enquanto aguardávamos
para conhecer um pouco de Portland. Já noite, fomos conhecer uma das famosas
cervejarias, ou “Brewelries” locais. John nos levou numa tradicional
cervejaria, onde experimentamos as famosas Índia Pale Ales (IPA) americanas, o
Silvio mais nas pilseners. Tem muitos tipos de cervejas artesanais, boa música
ao vivo e o local sob o ponto de vista arquitetônico muito bonito. Enfim, um
dia perfeito!
No dia seguinte, acordamos com o
visual do rio a nossa frente. Da nossa
janela, avistamos remadores, pássaros, barcos e alguns caiaques. Uma paisagem
diferente para nós, além de nos encher os olhos.
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Usufruem e cuidam do rio. Esportes náuticos diversos. |
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Mais uma de várias pontes sendo construída, sem poluir o cenário. |
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Jonh's neighbor dog. |
Fomos ao centro da cidade para
tomar café e darmos uma arrumada no visual de leve (barba e cabelo), pois
estamos há quase dois meses sem. Imaginem, motivos de mil risadas e
brincadeiras entre nós. Acabamos achando um salão de duas vietnamitas,
imigrantes que estão batalhando aqui em Portland. Saímos um pouquinho melhor do
que entramos....kkk
À tarde, fomos buscar as
motocicletas nas oficinas o que toma muito tempo entre deslocamento, pagamento
etc.... À noite, jantamos num restaurante que tinha um visual fantástico de
Portland pois fica na cobertura de um edifício, no 30 andar.
Durante a manhã seguinte, John
nos levou para conhecer alguns vizinhos, as suas casas, a comunidade. Pessoas
simpáticas que ficam muito curiosas com a nossa viagem, nos fazem perguntas e
uma oportunidade para vivenciarmos o modo de vida deles. Muito interessante!
Para variar, percebemos que nosso amigo John é uma pessoa querida também pelos
seus vizinhos. O rio quando sobe, eleva
o nível das casas de todos os moradores para mais de 10 metros acima, como na
enchente de 1996, vivenciada por Gustavo na ocasião. Enfim, uma vida muito
diferente para os nossos padrões, ficamos encantados!
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Tri met, transporte público funciona e Portland fica entre as 10 menos poluentes do mundo. |
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Pioneer Square, downtown Portland. De 1996 pra cá, nada mudou, linda. |
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Os barbudos. |
Ainda não tivemos a oportunidade
de apresenta-lo mais detalhadamente, mas
já que chegamos em Portland, gostaríamos de dizer que John Kendall Johnson é o nome do
cidadão, pessoa de baixa estatura, nem por isso deixa de ser um grande homem,
americano de naturalidade, “host father” do Gustavo por 1 ano (1996-1997) durante um programa de
intercâmbio estudantil onde o mesmo cursou o “senior year” numa escola
americana, condizente com o terceirão no Brasil. Na ocasião moravam em
Beaverton, uma das cidades satélites de Portland. Desde então preservaram a
amizade, prova disso é o fato de Gustavo ainda chama-lo de “dad”. Já se foram
quase 20 anos e apesar da distancia, ali se preservou e cultivou uma amizade, bonito de ver. John se
esforça para falar o português, auto-didata que é, surpreende nas nossas
conversas. Aventureiro, preserva bons costumes, entre eles a aviação,
motociclismo, barco V8 na garagem, entre outros. Chama atenção o lado humano,
pessoa desprovida de maldade, com um coração gigante. Nos recepcionou de forma
formidável e no trecho dos EUA dividiu conosco a experiência e deu o tempero
necessário para a Expedição, se integrando facilmente entre todos.
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Pioneer Square. |
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Water front Portland. Crianças se divertem. |
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Willamette river. |
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Pontes e mais pontes sobre o lindo Willamette. |
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Pessoas usufruem dos espaços públicos no water front, picnics, esportes. Adoramos tudo isso. |
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Expedicionários em Portland. |
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Artistas de rua. |
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Praças e mais praças.... |
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Dia de dar uma ajeitada no visual pra poder continuar frequentando a civilização, hehe! |
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A simpática vietnamita naturalizada americana e Gustavo dando um trato no look...e não é fácil (antes que alguém comente kkk) |
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Achilles pensando na melhor forma de se expressar pra pedir o corte de cabelo. |
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Azaaaaa, tá bonito de barba hein....gozações entre nós quase não existe! km |
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O russo da expedição. |
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Bar no 30 andar de um edifício, vista linda da cidade. |
À tarde e à noite deste mesmo
dia, a cereja do bolo. John, que é piloto de helicóptero e de avião, veterano da
Guerra do Vietnan, nos levou para fazer um vôo no seu Bonanza 1959, um porsche
dos ares como disse nosso amigo Pineti, outro aficcionado pelas máquinas
voadoras. O vôo foi entre a pista do aeroporto que John tem o seu hangar, até a
pista onde tem a sede do aeroclube o qual ele pertence. Tivemos então o prazer
de voar no avião do nosso querido amigo, o qual inclusive na ida deu o manche
para o Silvio ter o gostinho e na volta para o Gustavo. Também convidou o
Achilles, mas este declinou a favor do Gustavo. O aeroclube que fomos é um
lugar tipicamente americano, com cerca de 200 pilotos, os quais pudemos
perceber o quanto os americanos gostam das “engines” ou dos motores, alguns nos
apresentados são, alem de caros, fantásticos. Neste dia, por sorte, um DC-3 que foi totalmente reformado fazia
parte do cronograma do aeroclube onde proprietários e mecânicos foram
convidados para discorrer sobre o trabalho realizado, cuja reforma culminou,
após 2.5 anos, neste belo avião. Na mesma noite no John fez questão de
apresentar-nos, o que já vinha fazendo por onde passava em todo território
estadunidense, falou com orgulho sobre a nossa viagem para os que estavam no
local. Ficamos emocionados e fomos aplaudidos também. Foi interessante nesta
apresentação, poder vivenciar o orgulho “pride” americano, de seus feitos,
mesmo tendo sido eles grandes ou pequenos, falam das suas conquistas, dos seus
feitos de forma interessante e procuram fazer o melhor, pois dos aviões que nos
foram apresentados, beiravam a perfeição. Admiramos tudo isso!
Quando retornamos, já
estava escuro mas o vôo foi tranqüilo e o piloto Gustavo se saiu muito bem,
como na ida tinha se saído bem o Silvio, ambos tendo a honra de serem alunos do
John por alguns minutos.
Mais um dia produtivo, cheio de
emoções e alegrias!
Dormimos cansados, mas felizes!
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John's plane, Bonanza V tail 1959. |
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Com direito a passeio de avião com o piloto John. Tivemos o prazer de conhecer o Aeroclube dele. |
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O famoso DC-3. Poucos ainda desta forma, para os fãs da aviação um grande avião. Este já com milhas de poder ir e voltar à lua por 24 vezes. Verdade. |
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Palestra sobre a restauração do DC-3 no aeroclube do John! |
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Piloto Silvio. |
Na sexta-feira, dia 17 de julho,
nos despedimos com certa tristeza do
nosso amigo John, pois passamos dias inesquecíveis nos Estados Unidos em
companhia dele e rumamos para o Canadá.
Na saída, Gustavo na frente,
Achilles no meio e Silvio atrás. Numa daquelas saídas, Gustavo e Achilles com
uma orientação diferente do Silvio no GPS, acabaram se separando
involuntariamente e viajaram o dia inteiro separados, só se reencontrando no
hotel no final do dia. Silvio acabou chegando uma hora e meia antes ao hotel, no centro de Vancouver.
O pneu traseiro de Anita, veio
incomodando desde Tahoe, local onde teve dois furos e foi consertado por nós
mesmos no sistema do velho macarrão. Entretanto, por ser um furo no sulco do
pneu e meio lateral, não teve a vedação adequada e perdia ar de forma bem
vagarosa, mas o suficiente para baixar a pressão e termos que parar várias
vezes para colocarmos ar. Havia movimento na estrada, principalmente quando
passamos por Tacoma e por Seattle no Estado de Washington (este na costa oeste),
uma cidade grande e rica e onde fica a fábrica dos aviões Boing.
Passamos pela imigração canadense
de forma rápida e atendidos com muita educação pelos funcionários. Uma beleza!
Chegamos já por volta das 17horas
na bela Vancouver e procurando um local onde pudéssemos fazer o reparo do pneu
traseiro da Anita. Depois de algum tempo achamos a revenda Suzuki, mas eles
disseram que por ser quase 18h. não haveria tempo para realizar a mesma e
pediram que voltássemos no dia seguinte. Que trabalheira com este pneu!
À noite, saímos para jantar e
demos uma visualizada na cidade ainda que de forma rápida. Mas deu pra ter uma
idéia, mesmo que superficial, que alem do povo canadense ser de uma
miscigenação interessante e bonita, a cidade faz jus a todos elogios tecidos e
lidos por nós. Passeamos na Commercial Dr., famosa por barzinhos e restaurantes
ainda a tarde, pela proximidade com a loja de motos, passeamos próximo ao
parque no water front, com as ruazinhas charmosas, com bares e edifícios
interssantes, com uma vida noturna agitada, com cara de feliz, alem de nos
parecer muito aconchegante.
A educação é algo impressionante, o trânsito um pouco
fora dos nossos padrões, o que dificulta em algumas intersecções, mas funciona.
Fomos bem tratados, apreciamos a visita, mesmo o tempo e imprevistos tendo nos
impedido de conhecer mais da bela cidade, tivemos a certeza que nesta, vale
voltar!
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A sempre difícil hora da despedida. A expedição ganhou um grande amigo! Obrigado John. |
Vídeo da saída da casa do John!
Caro John, a viagem que estamos fazendo será inesquecível para todos nós e nessas lembranças ficarão os momentos alegres que desfrutamos juntos. Foi uma satisfação ter convivido contigo nesses dias e somos muito gratos pelo carinho e pela receptividade. "Thank you so much, John!"
Algumas imagens da região do porto de Vancouver!
As expedicionárias de hoje são Eliane Refatti e Loiva Grasel, colegas da Excelência em Implantes do Silvio que estão acompanhando de perto a expedição. Grande abraço!
História para 100 ANOS... Que privilégio!!
ResponderExcluirContinuem publicando, continuamos ACOMPANHANDO... sucesso na viagem e abraços. Lorivan
Parabéns pelas belissimas fotos e textos do blog. Pela cara do Gustavo se essas barbeiras vietnamitas abrissem salão aqui em Chapecó eu ia perder o cliente hehe.
ResponderExcluirBom voltar a encontrar vcs , e as narrativas dos expedicionários, já estava com sdss.
ResponderExcluirComo tudo ocorrenuma sequência ótima ( fora o trauma da Moto do Sílvio) , é felicidade e uma sequencia de fatos únicos e memoráveis . O Dad Father , foi um achado. Forte abraço.