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quarta-feira, 8 de julho de 2015

31o. ao 35o. dias- Passando pelo México e entrando na terra do Tio Sam

31o. - Vera Cruz a Tampico- dia sofrido e pneu furado


 E aí nossos amigos? Desejamos que todos estejam muitíssimo bem! Inicialmente pedimos desculpas por tantos dias sem publicarmos no blog. Os dias tem sido intensos e com alguns afazeres como lavar roupa por exemplo ou ter que sair para jantar(os restaurantes fecham cedo, entre 22 a 23horas)  pois em regra não almoçamos  e depois voltamos cansados ou com internet ruim e aí não conseguimos fazer as postagens.  De qualquer forma, vamos indo em frente!

Vera Cruz é uma cidade bonita litorânea e ficamos num bom hotel no qual pudemos descansar e com uma vista muito bonita da cidade.

Após uma noite reparadora, saímos cedo e logo após uns 50kms, paramos numa zona arqueológica dos Quiahuiztlán. Construída no alto de um morro com fins de facilitar a defesa dos inimigos, mas que no fim foram vencidos, salvo ledo engando no século XII pelos Aztecas. Do alto do morro, tinham uma linda vista da praia de Vila Rica. Valeu a parada por aqui.














Este trecho entre Vera Cruz e Tampico  foi sofrido para realizar. A estrada que esteve muito boa  no dia anterior até Cidade del Carmem, ficou para trás e o que se apresentou foi ruim, com movimento, muitos quebra molas que assim como aqueles que  nos castigaram no Peru e voltaram aqui e também muitos, mas muitos pedágios! Não sabemos ao certo, mas por volta de 12 pedágios  num trecho de 400 e poucos kms e alternando alguns baratos como 1 dólar e outros com 05 dólares. O problema de pedágio com moto é parar, tirar a luva, pegar o dinheiro, pagar, pegar o troco, tornar a colocar a luva e seguir. E o calor pegando.........

Num determinado momento, Silvio sentiu um barulho estranho e encostou. Como a estrada era ruim e havia barro no asfalto ele andou um pouco mais adiante e paramos na frente de uma borracharia. Colocamos a moto no cavalete e o diagnóstico: um parafuso enfiado no pneu traseiro! Na frente da borracharia! Azar e sorte ao mesmo tempo. Para resolver o problema, a  mesma técnica utilizada no pneu furado da Anita, lá em Machala no Equador. Lembram? O bendito macarrão! Maravilha! Só precisamos do borracheiro para encher o pneu após o reparo efetuado.



Este lado mexicano não é muito comum ser utilizado pelos motociclistas e viajantes em geral. O lado do Pacífico é mais bonito. Nós escolhemos este, após algumas análises e o objetivo era que fosse mais seguro, mas afinal de contas não sabemos ao certo. Tampico por exemplo dizem que é muito violenta. Porém, há tantos policiais e barreiras no caminho que nos sentimos seguro e não nos sentimos ameaçados em nenhum momento e em nenhum lugar. Também não fomos abordados em nenhuma barreira policial ou do exército mexicano. Viaturas com policiais e soldados em todo trecho, muito bem armados!



Os motoristas mexicanos trafegam em alta velocidade, mas não são agressivos. Aliás, são muito gentis e com frequência os enormes caminhões nos dão estradas, indo para o acostamento. Nós sempre agradecemos a gentileza! Show! 

Com relação ao povo mexicano, sentimos que apesar da fama de muito alegre e divertidos, nos locais onde passamos, sentimos um povo meio apagado, cansados, até um pouco tristes. Não sabemos definir ao certo. Não são mal educados, mas está faltando um pouco de entusiasmo no povo mexicano.

Chegamos em Tampico muito cansados, com muito calor e havíamos reservado um hotel à beiramar. Quando chegamos ao hotel o mesmo era muito ruim e nosso quarto estava sem higiene. Descemos na recepção, perguntamos se poderíamos cancelar e sair e receber o dinheiro pago de volta e o funcionário disse que sim. Sentimo-noa  aliviados, saímos do hotel e fomos procurar outro. Graças! Cansados e num hotel sem higiene e sem o climatizador funcionando, especialmente após este dia, sinceramente , seria difícil!

Tampico também é uma cidade boa e grande, porém, como comentamos, dizem que bem violenta.

Saímos para jantar num típico mexicano e fomos descansar! Choveu a noite inteira e nossas "meninas"  num estacionamento sem cobertura.

A moeda mexicana é o peso Mexicano, cujo câmbio que fizemos variou entre 14 a 16 pesos para um dólar dependendo do local onde realizamos a troca de moeda.

32o. dia- Tampico a Mc Allen. Saindo do México, chegando na fantástica terra do Tio Sam!

O dia anterior que  tinha sido ruim em termos de estrada e movimento, voltou a ficar bom entre Tampico e Mc Allen. O dia fluiu, não obstante os pedágios, mas neste trecho foram em menor quantidade.  Várias barreiras e policiais, no mesmo contexto desde que entramos no México, mas numa das barreiras que fomos abordados era somente para de forma muito simpática um soldado mexicano nos perguntar sobre a viagem. Bacana!



Conseguimos andar bem e chegamos à fronteira, na cidade mexicana de Reynosa por volta das 16horas. Nos atrapalhamos um pouco para achar a fronteira, pois erramos a entrada para a Ponte Internacional logo no início da cidade. Ao chegarmos exatamente na fronteira, não havia nenhuma sinalização de advertência para pararmos. Mesmo assim paramos num estacionamento onde havia um guarda e perguntamos aonde ficava a imigração e aduana de saída do México. O guarda apontou para um local e nós fomos para lá.


Passamos por um último(de muitos e muitos) pedágio mexicano e passamos a ponte mas nada da aduana mexicana.  Quando de repente, nos demos conta, já estávamos nos Estados Unidos e na fila da imigração norte americana. Levamos um susto! Uma fila que andava devagar, um sol castigante e nós com aquela sensação esquisita de ter feito algo bem errado. A pergunta que não calava: Cadê a aduana mexicana e que ninguém viu?????

Gustavo que tem o inglês fluente ficou na frente para tentar perguntar ao funcionário dos Estados Unidos para ver se ele permitia que voltássemos sem ter que fazer todos os procedimentos e depois voltar e após fazer os procedimentos do México, refazer todos os dos Estados Unidos! E suávamos...........

Quando finalmente chegou a nossa vez, Gustavo perguntou onde ficava a aduana mexicana e o norte americano respondeu: " I don´t know." rsrsrsrrsrsrs

Resumindo: fizemos os procedimentos na aduana e imigração dos Estados Unidos de forma célere e tranquila. Voltamos ao México, pagando um pedágio.(Dio!) e após um zigue zague prá lá e prá cá, achamos a repartição que procurávamos. Era exatamente onde paramos e perguntamos para o guarda, ou que não entendeu o que perguntamos ou é meio ruim da cabeça.

Esta saída do México era muito importante para nós, pois além da parte legal em relação à saída do país, tanto nossa pessoal quanto das motos, seria o momento de recebermos de volta a cauçao que fizemos na entrada, no valor de 1.200(hum mil e duzentos dólares para as três motos) Após o carimbo de saída no passaporte  as verficações do número de chassi, placas e fotos, recebemos o ok para recebermos a caução. Que maravilha!!!

Voltamos aos EUA, sem não antes pagar mais uma vez o pedágio que já havíamos pago para sair equivocadamente e chegamos na aduana norte americana pela segunda vez num só dia. Para quem acompanha o nosso link do spot, não deve ter entendido nada. Então, a partir de agora está explicado.

Na entrada, só tivemos que explicar o ocorrido e mostrar os passaportes e não precisamos mais fazer nada! Ihuuuuuuuuuu, estamos nos Estados Unidos da América!!!!

Logo na entrada da cidade, John nos aguardava ansiosamente. John é o "pai adotivo" do Gustavo, da família que dele aqui neste país, na época de quando era adolescente, em 1996 e fez intercâmbio e foi recebido por uma família. Desde então, ainda mantém contanto e uma linda amizade com John e a sua família.



Ele já havia reservado hotel para nós bem perto da entrada. Uma recepção muito bacana! Obrigado querido John! Sujeito simpático e muito agradável! Já nos conhecíamos quando estivemos em Las Vegas  em 2010 e fizemos juntos uma viagem de motocicleta entre Las Vegas e San Diego pelo deserto do Mojave, com o motogrupo de Chapecó.

33o. a 35o. dia- Mc Allen Texas a Ozona City e após, a bela Albuquerque no estado do New México.


No primeiro dia nas estradas norte americanas, o padrão de tudo se alterou radicalmente! Estradas incríveis nos esperando, mas a pressão para não passar da velocidade máxima permitida, algo em torno de 120kms  é grande. Algumas viaturas policiais na auto estrada e isso só reforça o controle da velocidade. Mesmo assim, a viagem rende e andamos 840kms(algo impensável no Equador por exemplo ou na Colômbia ou no Peru) até Ozoma City, uma pequenina cidade. Local, onde de forma simples comemoramos o aniversário do Achilles. Que sorte a dele poder comemorar a passagem de um aniversário fazendo uma viagem e uma experiência como a que agora estamos vivenciando!



"É uma alegria imensa e incontrolável passar o meu aniversário fazendo esta viagem! Me sinto um grande privilegiado e  uma data que ficará marcada para sempre em minha memória e meu coração! Agradeço a Deus por esta oportunidade e por ter saúde tanto para comemorar o aniversário quanto para realizar a viagem! Agradeço aos meus companheiros de viagem, Silvio e Gustavo e também ao John pelo carinho e por estar comigo nesta especialíssima oportunidade o que para mim é um privilégio tanto quanto estar realizando a viagem. Meu enorme agradecimento!! O presente que peço é chegarmos com segurança ao nosso destino! Um enorme e fraternal abraço a todos que nos acompanham! "

O Estado de Texas é muito rico e bonito. Tem petróleo e gado, com  caprichados ranchos à beira da auto estrada.

A temperatura da viagem fica em torno de 32 a 35 graus.

Fomos parados num tipo de controle policial, mas como ao longo da viagem, mais por curiosidade e perguntas sobre a viagem do que propriamente dito sobre qualquer tipo de controle. Tanto que tiramos fotos com eles e entregamos alguns  adesivos da viagem. Uma festa!

Em Ozona ficamos num hotel tipo travel lodge, hospedagem nos EUA que são muito práticos, bons e baratos.

Saímos cedo de Ozona, com o objetivos de cumprir mais de 800 kms até a famosa Albuquerque no estado do New México.

As estradas continuam maravilhosas! Só temos que nos concentrar para não relaxar demais pois quase inexistem as curvas e há  longos trechos em retas. Uma realidade muito distinta do que nos deparamos desde Chapecó e até o México, que exigiam perícia e atenção na pilotagem.

Uma boa música vai bem nestas estradas padrão EUA!

À certa altura, paramos num parque bacana que estava ao lado da estrada e como era domingo estava com uma boa frequência das famílias, desfrutando do belo rio de cor esverdeada e da sombra das árvores. Gustavo banhou-se de calça e tudo e pudemos descansar um pouco, relaxarmos e nos hidratarmos. O parque se chama Bandera Park.











O cenário da estrada que nos apresenta  constante, são  os locais de prospecção de petróleo. Pequenos locais de extrações, variando com outros de  médio e grande porte. Impressionante!

Mais uma atração no caminho foi a cidade do Roswel, local onde supostamente foi encontrado um corpo de um Extraterrestre. Paramos na cidade para tomarmos água e tirarmos uma foto em frente ao museu do E.T.



Na estrada, a temperatura marcava 32 graus, quando de repente avistamos uma nuvem de temporal e chuva. Na entrada, embaixo destas nuvens a temperatura baixou incrivelmente para 20, 18 e depois baixando até 15 graus! Raios e temperal! Uma chuva nos pegou e nos assustou um pouco. Vento e agua gelada. Paramos no acostamento, imitando alguns automóveis. Felizmente o temporal durou pouco. No máximo 10 minutos e deu uma trégua, permitindo que tocássemos mais um pouco. Na entrada da bela Albuquerque a água despencou de novo, fazendo com que Silvio e Achilles se dispersassem de Gustavo e John.



Albuquerque é uma cidade muito bem estruturada em termos urbanísticos com vias de acesso amplas e viadutos. Quase nenhum edifício e bem espalhada para os cerca de 600 mil habitantes. Nesta cidade foi filmado a famosa série de TV Breaking Bad.

Após o desencontro entre Silvio/Achilles e Gustavo/John, nos reencontramos novamente em frente à oficina da Triumph, onde no dia seguinte teríamos que voltar para trazer Valentine, enquanto Achilles e Gustavo iriam levar Anita e Estelita para trocar os pneus na concessionária BMW.



O nosso homenageado de hoje é o colega de trabalho e amigo do Achilles, o José Farenzena, mais conhecido como Zeca ou Zequito e cujo amigo presenteou o Achilles com 14GB de boas músicas para que ouvisse na viagem e que foram compartilhados com o Silvio e com o Gustavo. Obrigado Zequito pelas músicas e por prestigiar a expedição, adquirindo a camiseta em prol da campanha para ajudar o abrigo. Grande Abraço!



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