No rastro da expedição: De Huacho até Piúra!

Boa noite caros amigos!

A expedição três américas se encontra nesse momento em Bogotá, bebendo água colombiana e preparando o translado das motos para o Panamá, assim como suas revisões. A maior probabilidade é que me encontre com eles ainda em território colombiano.

Eu como retardatário sigo em busca do grupo principal, saindo hoje de manhã de Huacho e chegando ao final da tarde no norte Peruano, mais especificamente na cidade de Piúra. O destino de hoje era Chiclayo, seguindo os passos de Achilles e Gustavo, mas com vento de popa e tempo bom, o dia rendeu 210 km a mais. Cá estou!

Acordei cedinho, tirei os grilos vivos de dentro das botas, sim pois já havia matado uns quatro durante à noite em um ataque de fúria. Cada vez que fechava os olhos: "Cri- cri". Grrrrr
Vestido coloquei as guaiacas em Valentine e seguimos rumo à Chiclayo, destino do dia.

O dia começou quente e na primeira parada, um pouco de água para refrescar.
A estrada, como já relataram os amigos Achilles e Gustavo, é algo surreal. Cenário de filme. Com bom asfalto e grande parte duplicada, possui poucas curvas traiçoeiras, já que a velocidade é alta. E, contrasta fortemente com as travessias urbanas, de Chimbote, Trujillo e a própria Chiclayo, que mais se assemelham a um game onde carros disputam espaço à buzinadas e "parachocadas". Sério!

Já peguei o jeito e nas cidades, tem que buzinar, acelerar, ultrapassar por qualquer lado e tentar pôr o bico da moto no espaço pretendido antes dos seus vizinhos. Há uma certa organização no caos. Da mesma forma que na estrada, o tempo todo somos forçados a descer no acostamento de 50 cm por conta das ultrapassagens malucas de nossos amigos Peruanos. Sabendo disso, fica tranquilo.

A estrada margeia praias, vales e montanhas e por vezes, na periferia, expõe os seus lixões. Lástima.
De fato a estrutra de saneamento básico em todo o Peru e a cultura do destino do lixo, deixam a desejar. Mas seu povo compensa!

Passei em Chiclayo ainda cedo e resolvi tocar para Piúra, 210 km à frente, onde cheguei próximo ao por do sol e fui surpreendido por dois motociclistas muito jovens que me acompanharam ao posto, me deram adesivos e dicas de hotel e rota para o Equador.

Agora a pouco nos encontramos e tomamos umas cervejas, falando da rota para o norte.
Abraços aos amigos Paul Alexander, Jorge Timana e Jimmy Diaz. As fotos ficaram no celular, sem bateria!

Hoje é isso amigos, deixo umas fotos para vocês sentirem o clima da viagem!

Abraços.