20º. e 21º. Dia.- Despachando as motos para o
Panamá, reencontrando Silvio e Valentine e deixando a bela Colômbia pra trás.
20º. Dia- Procedimentos para
despachar as motos e também o nosso translado para o Panamá.
O vigésimo dia inteiro foi
dedicado aos procedimentos da empresa Air Pack Cargo, aduaneiros e policiais
para despachar as motos e também o nosso translado para o Panamá. Relativamente
à empresa Air Cargo, gostaríamos de ressaltar a simpatia com que fomos tratados
pelo Capitão John Agudelo e seus colaboradores, destacando Carolina Deazza, pessoa
que mais tivemos contato. Foram prestativos, engajados e o Capitão conseguiu
com que pudéssemos ter a oportunidade de viajar na cabine do avião 737-200F, avião cargueiro
que transportou Anita e Estelita.
Adesivo da expedição 3 américas no painel da Air Pack |
Muito bem tratados por todos na Air Caro Pack. Recomendamos |
Recomendamos aos viajantes como
nós que utilizem os serviços da Air Cargo Pack.
Até pouco tempo atrás era comum
que os viajantes pudessem viajar junto com as motos, porém, por força de um
dispositivo legal da aviação civil panamenha, isso se restringiu(pelo menos foi
isso que o capitão John nos disse), fazendo com que esta possibilidade seja
incomum. Então, para nosso sorte, conseguimos com que os três pudessem ir
juntos com o avião que transportará Anita, Estelita e Valentine. Mas, em
virtude de só caber dois passageiros na cabine junto com o comandante e co
piloto, e também por Silvio ter chegado somente hoje no final da tarde e para
despachar as motos temos que comparecer um dia antes na empresa transportadora,
Silvio seguirá somente domingo dia 21 de
junho e o transporte de Valentine também ocorrerá neste dia.
Já Achilles e Gustavo irão amanhã
dia 20, com horário de partida da aeronave, às 07 horas e com duração prevista
de uma hora de vôo.
No nosso caso, os trâmites
demoraram em virtude de a nossa vistoria policial, das bagagens e moto estarem
previstas para às 14horas, porém, a polícia encontrou cocaína num motor de um
carro realizando uma vistoria idêntica a que fez em nossas motos e bagagens e
isso atrasou em duas horas e meia a nossa inspeção. De qualquer forma, a finalização de todo o processo
demorou das 08:30hs da manhã até às 17horas. Nesta espera, até cochilamos em
cima das motos. Um tédio, mas que faz parte.
Ficamos cansados e fomos ao hotel
para descansarmos um pouco e logo após irmos encontrar Silvio para comemorarmos
o reencontro.
Anita sendo recepcionada para os preparativos de embarque |
Aguaradando os policiais para revista |
Cansamos de esperar pela revista dos policiais. Gustavo resolveu cochilar em cima da máquina. |
Foi emocionante reencontrar com
Silvio e sabermos que poderemos a partir do Panamá seguirmos viagem juntos,
reforçando a nossa vontade de seguirmos em frente, agora muito mais alegres
pois a expedição 3 américas, tem desde o início e terá até a sua finalização, 3
integrantes e sem a presença de um dos três, não tem o mesmo brilho e mesma força.
Depois de 12 dias aguardando o reencontro, a expedição 3 américas se fortalece com a chegada de Silvio. Muita alegria! |
Sejam muito bem vindos Silvio
Gallon e Valentine Blanc!
Na verdade, nem pudemos
comemorarmos muito e conversarmos tudo que pretendíamos pois o cansaço nos
dominou, além de termos que levantarmos muito cedo no dia seguinte, Achilles e
Gustavo para embarcarem e Silvio para realizar todos os procedimentos acima
descritos de preparativos.
De qualquer forma, apesar do evidente cansaço, fomos a um restaurante italiano e degustamos um bom
vinho chileno.
21º. Dia- Um nova experiência e a
chegada ao Panamá
Acordamos às 05horas e fomos ao
aeroporto. Nos atrapalhamos um pouco pois o correto seria ir primeiro ao
aeroporto fazermos a imigração, o registro da saída da Colômbia e após irmos ao
terminal de cargas onde estava o avião. No entanto, fizemos o contrário:
primeiro fomos ao terminal e aí nos informaram que teríamos que ir fazer a
imigração primeiro. Isso nos custou uma boa caminhada e uns 30 preciosos
minutos que causou-nos um certo atraso. Chegamos para o embarque 6:35horas. O
comandante Diego e o co-piloto Oscar, já estavam a postos.
Olhamos o compartimento de carga
e lá estavam toda amarradas para suas seguranças, Anita e Estelita, além de
várias outras mercadorias.
Um espaço bem pequeno para que
acomodássemos as bagagens e uma cabine que nos pareceu apertada para 04
pessoas, mas ficamos no aguardo para ver como iríamos nos acomodar.
Após uns 05 minutos, a tripulação nos cumprimentou e
nos deu as boas vindas, o co-piloto, realizou o fechamento da porta e pediu
para que viéssemos para a cabine.
Achilles sentou-se atrás do
comandante e Gustavo num banco atrás, ao lado de Achilles e no meio entre o
comandante e o co-piloto, dando-lhe uma visão privilegiada e um pouco mais
confortável que seu companheiro de viagem.
E assim, iniciamos uma nova
experiência: voar dentro da cabine de um Boing 737-200F, cargueiro, da
AeroSucre, companhia com quase 50 anos de existência. Acompanhamos os
procedimentos para a decolagem e ficamos espantados com a quantidade de botões
que os dois pilotos apertam e desapertam. Gustavo e Achilles se entreolhavam.
Trata-se de um avião muito bem conceituado, mas este já tinha lá os seus anos de
uso.
A tripulação nos recebeu com uma
enorme simpatia e naturalidade, fazendo-nos que ficássemos muito a vontade.
Colocaram-se à disposição para responder questionamentos sobre o vôo e sobre
qualquer assunto.
Tivemos sorte, pois logo após as
nuvens que encobriam o céu, apareceu uma linda paisagem do relevo colombiano. O
comandante Diego, de pronto iniciou uma explanação sobre o relevo da Colômbia,
marcado pela presença dos Andes, contando com uma boa fatia da floresta
amazônica.
Na Colômbia, os Andes se dividem
em três cordilheiras: Central, Ocidental e Oriental. A ocidental é a mais alta.
Fica entre entre as duas cordilheiras, separada da oriental por um vale por
onde passa o rio Magdalena e da ocidental pelo vale no qual corre o rio Cauca.
O Rio Magdalena é enorme e nós o visualizamos muitíssimo bem.
Vimos alguns picos nevados com altitude
de mais de 4000 metros. Como o clima na colômbia o que predomina é o clima
equatorial, nevar só nos picos.
A diversidade é enorme e foi um enorme
privilégio olharmos tudo de cima, além das explicações dadas pelo comandante. Uma
emoção!
Durante o vôo extremamente
tranquilo, conversamos sobre a Colômbia, sobre o Brasil, sobre o cotidiano da
tripulação, sobre nossa viagem, enfim, a conversa foi muito aprazível e fez com
que o tempo de vôo transcorresse além de agradabilíssimo, muito rápido.
Aproximando do Panamá e da
capital Panamá City, o visual também era muito bonito. Prédios modernos, com evidente influencia estadunidense, o
famo canal do Panamá, um canal de navios com 77,1kms de extensão, uma obra
de engenharia fantástica que liga o Oceano Atlântico(através do Mar do Caribe)
ao Oceano Pacífico. Trata-se de uma travessia chave para o comércio marítimo
internacional.
A França começou a construiu o
canal em 1881, mas teve que para devido a problemas de engenharia e pela alta
taxa de mortalidade de trabalhadores devido a doenças tropicais. Os Estados
Unidos assumiram o projeto em 1904 e levaram 10 anos para concluir o canal, o
qual foi inaugurado em 1914. Este Canal reduziu muito a quantidade de tempo de
viagem necessário para que os navios cruzassem os oceanos Atlântico Atlântico e
Pacífico, o que permitiu evitar a longa e muito perigosa passagem pelo Cabo
Horn, no extremo sul da América do Sul, através da Passagem de Drake ou do
Estreito de Magalhães.
Para concluir sobre o canal, a
propriedade onde está localizado o canal já pertenceu aos colombianos, depois
aos franceses e aos Estados Unidos, que aliás, continuaram a controlar o
canal até 1977, em cujo ano foi passado
o controle de passagem ao Panamá.
A Sociedade Americana dos
Engenheiros Civis, classificou o Canal do Panamá como uma das sete maravilhas
do mundo.
De cima, visualizamos tudo muito
nítido, fato que nos encheu de alegria.
Depois de um pouso tranquilo e
suave do Boing 737-200F, com suas 12 toneladas de carga, demos uma camiseta
para o comandante e para o co-piloto, tiramos algumas fotos, tanto de nós e da
tripulação, quanto das belas máquinas sendo descarregadas e fomos fazer a
entrada no Panamá.
Gustavo, encarregado de fazer as
reservas de hotéis, pesquisou bastante e conseguiu uma baita promoção num hotel
muito bom, o que coroou um dia fantástico. Depois de 21 dias, finalmente
pudemos nos exercitar e relaxar.
Capitão Diego e o co-piloto Oscar. Competência e simpatia! Como dizemos no Brasil: gente boa barbaridade! |
Desembarcando no Panamá |
Chegada triunfal ao Panamá! |
Ficamos satisfeitos em saber
também que Silvio conseguiu fazer todos os procedimentos de embarque de
Valentine e amanhã também embarcará num vôo, na cabine da tripulação e poderá
viver toda a experiência que Achilles e Gustavo tiveram hoje. Silvio: tenha uma
excelente viagem!
Panamá City, próximo a orla, chama a atenção o capricho, padrão americano da cidade! |
Orla com ciclovias, passeios, paisagismo invejável!!! |
Panamá City, dia nublado que não chega a afetar a beleza local! |
Semelhança com Miami!!! |
Fraternal abraço a todos!
Hoje é dia de mandarmos um enorme abraço ao nossos amigos Harold, Claudio e Atila! Nosso agradecimento por participarem da campanha e por estarem sempre enviando mensagens positivas. Abraços |
Mais um relato brilhante. Td muito legal. Toda esta estória ainda vai render Um Livro. Forte abraço aos 3. No momento a Chapecoense vence o Cruzeiro em BH ja no segundo tempo.
ResponderExcluirOusadia, determinação!
ResponderExcluirOusadia, determinação!
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