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sábado, 20 de junho de 2015

20º.  e 21º. Dia.- Despachando as motos para o Panamá, reencontrando Silvio e Valentine e deixando a bela Colômbia pra trás.



20º. Dia- Procedimentos para despachar as motos e também o nosso translado para o Panamá.

O vigésimo dia inteiro foi dedicado aos procedimentos da empresa Air Pack Cargo, aduaneiros e policiais para despachar as motos e também o nosso translado para o Panamá. Relativamente à empresa Air Cargo, gostaríamos de ressaltar a simpatia com que fomos tratados pelo Capitão John  Agudelo e seus colaboradores, destacando Carolina Deazza, pessoa que mais tivemos contato. Foram prestativos, engajados e o Capitão conseguiu com que pudéssemos ter a oportunidade de viajar  na cabine do avião 737-200F, avião cargueiro que transportou Anita e Estelita.

Adesivo da expedição 3 américas no painel da Air Pack
 

Muito bem tratados por todos na Air Caro Pack. Recomendamos
 
 
Recomendamos aos viajantes como nós que utilizem os serviços da Air Cargo Pack.

Até pouco tempo atrás era comum que os viajantes pudessem viajar junto com as motos, porém, por força de um dispositivo legal da aviação civil panamenha, isso se restringiu(pelo menos foi isso que o capitão John nos disse), fazendo com que esta possibilidade seja incomum. Então, para nosso sorte, conseguimos com que os três pudessem ir juntos com o avião que transportará Anita, Estelita e Valentine. Mas, em virtude de só caber dois passageiros na cabine junto com o comandante e co piloto, e também por Silvio ter chegado somente hoje no final da tarde e para despachar as motos temos que comparecer um dia antes na empresa transportadora, Silvio seguirá somente domingo  dia 21 de junho e o transporte de Valentine também ocorrerá neste dia.

Já Achilles e Gustavo irão amanhã dia 20, com horário de partida da aeronave, às 07 horas e com duração prevista de uma hora de vôo.

No nosso caso, os trâmites demoraram em virtude de a nossa vistoria policial, das bagagens e moto estarem previstas para às 14horas, porém, a polícia encontrou cocaína num motor de um carro realizando uma vistoria idêntica a que fez em nossas motos e bagagens e isso atrasou em duas horas e meia a nossa inspeção.  De qualquer forma, a finalização de todo o processo demorou das 08:30hs da manhã até às 17horas. Nesta espera, até cochilamos em cima das motos. Um tédio, mas que faz parte.
Ficamos cansados e fomos ao hotel para descansarmos um pouco e logo após irmos encontrar Silvio para comemorarmos o reencontro.

Anita sendo recepcionada para os preparativos de embarque
 


Aguaradando os policiais para revista
 

Cansamos de esperar pela revista dos policiais. Gustavo resolveu cochilar em cima da máquina.


Foi emocionante reencontrar com Silvio e sabermos que poderemos a partir do Panamá seguirmos viagem juntos, reforçando a nossa vontade de seguirmos em frente, agora muito mais alegres pois a expedição 3 américas, tem desde o início e terá até a sua finalização, 3 integrantes e sem a presença de um dos três, não tem o mesmo brilho e mesma força.
 Depois de 12 dias aguardando o reencontro, a expedição 3 américas se fortalece com a chegada de Silvio. Muita alegria!

Sejam muito bem vindos Silvio Gallon e Valentine Blanc!

Na verdade, nem pudemos comemorarmos muito e conversarmos tudo que pretendíamos pois o cansaço nos dominou, além de termos que levantarmos muito cedo no dia seguinte, Achilles e Gustavo para embarcarem e Silvio para realizar todos os procedimentos acima descritos de preparativos.

De qualquer forma, apesar do evidente cansaço,  fomos a um restaurante italiano e degustamos um bom vinho chileno.

21º. Dia- Um nova experiência e a chegada ao Panamá

Acordamos às 05horas e fomos ao aeroporto. Nos atrapalhamos um pouco pois o correto seria ir primeiro ao aeroporto fazermos a imigração, o registro da saída da Colômbia e após irmos ao terminal de cargas onde estava o avião. No entanto, fizemos o contrário: primeiro fomos ao terminal e aí nos informaram que teríamos que ir fazer a imigração primeiro. Isso nos custou uma boa caminhada e uns 30 preciosos minutos que causou-nos um certo atraso. Chegamos para o embarque 6:35horas. O comandante Diego e o co-piloto Oscar, já estavam a postos.

Olhamos o compartimento de carga e lá estavam toda amarradas para suas seguranças, Anita e Estelita, além de várias outras mercadorias.


Um espaço bem pequeno para que acomodássemos as bagagens e uma cabine que nos pareceu apertada para 04 pessoas, mas ficamos no aguardo para ver como iríamos nos acomodar.
Após uns  05 minutos, a tripulação nos cumprimentou e nos deu as boas vindas, o co-piloto, realizou o fechamento da porta e pediu para que viéssemos para a cabine.
Na cabine do avião . Baita experiência!

Achilles sentou-se atrás do comandante e Gustavo num banco atrás, ao lado de Achilles e no meio entre o comandante e o co-piloto, dando-lhe uma visão privilegiada e um pouco mais confortável que seu companheiro de viagem.

E assim, iniciamos uma nova experiência: voar dentro da cabine de um Boing 737-200F, cargueiro, da AeroSucre, companhia com quase 50 anos de existência. Acompanhamos os procedimentos para a decolagem e ficamos espantados com a quantidade de botões que os dois pilotos apertam e desapertam. Gustavo e Achilles se entreolhavam. Trata-se de um avião muito bem conceituado, mas este já tinha lá os seus anos de uso.

A tripulação nos recebeu com uma enorme simpatia e naturalidade, fazendo-nos que ficássemos muito a vontade. Colocaram-se à disposição para responder questionamentos sobre o vôo e sobre qualquer assunto.

Tivemos sorte, pois logo após as nuvens que encobriam o céu, apareceu uma linda paisagem do relevo colombiano. O comandante Diego, de pronto iniciou uma explanação sobre o relevo da Colômbia, marcado pela presença dos Andes, contando com uma boa fatia da floresta amazônica.
Na Colômbia, os Andes se dividem em três cordilheiras: Central, Ocidental e Oriental. A ocidental é a mais alta. Fica entre entre as duas cordilheiras, separada da oriental por um vale por onde passa o rio Magdalena e da ocidental pelo vale no qual corre o rio Cauca. O Rio Magdalena é enorme e nós o  visualizamos muitíssimo bem.

Vimos alguns picos nevados com altitude de mais de 4000 metros. Como o clima na colômbia o que predomina é o clima equatorial, nevar só nos picos.

A diversidade é enorme e foi um enorme privilégio olharmos tudo de cima,  além das explicações dadas pelo comandante. Uma emoção!

Durante o vôo extremamente tranquilo, conversamos sobre a Colômbia, sobre o Brasil, sobre o cotidiano da tripulação, sobre nossa viagem, enfim, a conversa foi muito aprazível e fez com que o tempo de vôo transcorresse além de agradabilíssimo, muito rápido.
Pilotando o Boing........

 

Aproximando do Panamá e da capital Panamá City, o visual também era muito bonito. Prédios modernos, com evidente influencia estadunidense,  o famo canal do Panamá, um canal de navios com 77,1kms de extensão, uma obra de engenharia fantástica que liga o Oceano Atlântico(através do Mar do Caribe) ao Oceano Pacífico. Trata-se de uma travessia chave para o comércio marítimo internacional.

A França começou a construiu o canal em 1881, mas teve que para devido a problemas de engenharia e pela alta taxa de mortalidade de trabalhadores devido a doenças tropicais. Os Estados Unidos assumiram o projeto em 1904 e levaram 10 anos para concluir o canal, o qual foi inaugurado em 1914. Este Canal reduziu muito a quantidade de tempo de viagem necessário para que os navios cruzassem os oceanos Atlântico Atlântico e Pacífico, o que permitiu evitar a longa e muito perigosa passagem pelo Cabo Horn, no extremo sul da América do Sul, através da Passagem de Drake ou do Estreito de Magalhães.

Para concluir sobre o canal, a propriedade onde está localizado o canal já pertenceu aos colombianos, depois aos franceses e aos Estados Unidos, que aliás, continuaram a controlar o canal  até 1977, em cujo ano foi passado o controle de passagem ao Panamá.

A Sociedade Americana dos Engenheiros Civis, classificou o Canal do Panamá como uma das sete maravilhas do mundo.

De cima, visualizamos tudo muito nítido, fato que nos encheu de alegria.

Depois de um pouso tranquilo e suave do Boing 737-200F, com suas 12 toneladas de carga, demos uma camiseta para o comandante e para o co-piloto, tiramos algumas fotos, tanto de nós e da tripulação, quanto das belas máquinas sendo descarregadas e fomos fazer a entrada no Panamá.
Gustavo, encarregado de fazer as reservas de hotéis, pesquisou bastante e conseguiu uma baita promoção num hotel muito bom, o que coroou um dia fantástico. Depois de 21 dias, finalmente pudemos nos exercitar e relaxar.
Capitão Diego e o co-piloto Oscar. Competência e simpatia! Como dizemos no Brasil: gente boa barbaridade!

Desembarcando no Panamá
Chegada triunfal ao Panamá!

Ficamos satisfeitos em saber também que Silvio conseguiu fazer todos os procedimentos de embarque de Valentine e amanhã também embarcará num vôo, na cabine da tripulação e poderá viver toda a experiência que Achilles e Gustavo tiveram hoje. Silvio: tenha uma excelente viagem!


Panamá City, próximo a orla, chama a atenção o capricho, padrão americano da cidade!

Orla com ciclovias, passeios, paisagismo invejável!!!

Panamá City, dia nublado que não chega a afetar a beleza local!






Semelhança com Miami!!!
 

Fraternal abraço a todos!

 

Hoje é dia de mandarmos um enorme abraço ao nossos amigos Harold, Claudio e Atila! Nosso agradecimento por participarem da campanha e por estarem sempre enviando mensagens positivas. Abraços






3 comentários:

  1. Mais um relato brilhante. Td muito legal. Toda esta estória ainda vai render Um Livro. Forte abraço aos 3. No momento a Chapecoense vence o Cruzeiro em BH ja no segundo tempo.

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