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domingo, 12 de julho de 2015

38o. e 39o.  dia- de Marble Canion a  Ely e desta para  Lake Tahoe South. Chegando na Califórnia!

Na noite anterior, em que dormimos num hotel no meio da estrada, tipo cabanas,  como se trata de um local turístico, achamos um mercado, compramos uma carne e o Gustavo preparou um assado bem gostoso. Compramos um vinho também e fumamos um charuto cubano comprado na Costa Rica, exceto Silvio, que se entreteve fazendo fotos das estrelas.   Conversas e divagações fecharam a nossa noite com chave de Ouro.










Uma noite um pouco fria, juntando o vinho e o cansaço fizeram uma noite agradável para um sono reparador.

Logo na saída, ao lado das nossas cabanas, uma paisagem de montanhas e morros muito bonitas, permitiu a relização de fotos interessantes.












No trecho, parques florestais, lagos, motociclistas cruzando nosso caminho em sentido contrário e nas paradas para fotos, conversas com várias pessoas. Numa destas paradas, encontramos um veterano da guerra do Vietnan, um senhor muito falante e sua esposa simpática que viajavam num triciclo que chamou a nossa atenção. Ele, o pai, a filha, todos da Força Aérea dos Estados Unidos. Show!



Como as estradas são boas, bastante retas e com muita segurança sob o ponto de vista de violência, as pessoas viajam de várias formas nos Estados Unidos. De motocicleta, de carro, de motorhomes. Chamam a nossa atenção a quantidade de motorhomes pelas estradas. Muitos, mas muitos a todo momento cruzam conosco, tanto no mesmo sentido quanto em sentido contrário. Fazem parte da vida dos americanos que podem em virtude de boa estrutura de rodovias, de excelentes campings por todo o país, pela segurança tanto do ponto de vista de trânsito quanto de violência e isso permitem que els curtam tudo o que país oferece, em família, com os amigos. Qualidade de vida! Que inveja! Os brasileiros não tem esta oportunidade. Não temos rodovias boas, não temos estrutura para campings e temos um trânsito violento e assaltos por todo lado. Ficamos tristes pensando nisso.







Chegamos por volta das 17 horas numa cidade pequena chamada Ely. Pequena, mas com uns tres cassinos. Fomos a um mercado comprar algumas coisas que precisávamos e nos hospedamos num motel. Neste país, motel tem uma finalidade bem diferente do que é utilizada aí no Brasil. Aqui motel é um local para hospedar-se geralmente nas rodovias.



No final do dia deu tempo até para se exercitar um pouco. Gustavo e Achilles fizeram uma corridinha leve pela cidade. Desestressante e relaxante.

Como diz um amigo nosso, o Harold, gaúcho de Santa Maria e pedindo permissão a ele, gostaríamos de utilizar uma expressão que ele usa, para definirmos os lugares que estivemos. Ele, o Harold, gaúcho de Santa Maria, utiliza uma expressão " x local profundo"  para definir o local onde visitamos e dependendo deste lugar, se vivenciamos a realidade nua e crua do mesmo. Por exemplo, na nossa concepção, na maioria dos países onde passamos, estivemos vivenciando de certa forma a realidade destes países. Então, quando passávamos íamos comentando entre nós: Argentina Profunda, Chile Profundo, Bolívia Profunda, Peru......ops....., e assim por diante. Aqui nos EUA também não está diferente. Passamos pelo Texas, Arizona, Utah, Nevada e estamos na Califórnia, ou seja, estamos vivenciando os ''EUA profundo"! Este contexto faz da nossa viagem ficar muito interessante. É óbvio que procuramos lugares turísticos, mas também passamos por lugares que normalmente os turistas não iriam.



Outro aspecto que gostaríamos de comentar é que para nossa surpresa, os estadunidenses nos fazem muitas abordagens nos restaurantes, em alguns locais que paramos para fotografar, na rua, enfim em muitos lugares, fazem perguntas, ficam perplexos quando dizemos que somos brasileiros e estamos viajando desdo o Brasil e vamos ao Alaska. Estamos comentando isso, pois imaginávamos que os americanos não iriam se importar muito com isso. A abordagem deles é mais contida, menos invasiva, mas são bastante curiosos e fazem um Ohhhhh quando comentamos a origem e o destino da expedição. Bacana! Além disso, a entrada na terra do Tio Sam, mostrou a enorme diferença econômica, social, estrutural, cultural, entre os Estados Unidos e os demais países da américa. Impressionante! É um choque para nós e para todos que fazem esta viagem. Esta questão das diferenças é um dos grandes lances de realizarmos esta expedição. À cada país transposto, uma característica, uma cultura, uma determinada característica fica e aparecem outras de outros países. Até a mesma língua, no caso o espanhol, fica bem diferente de um país para o outro que fala esta língua. Não tivemos dificuldade em nos comunicarmos nos países de língua espanhola. Talvez um pouco no México que é diferente o sotaque e rapidez com que falam, mas mesmo assim não tivemos nenhum problema e nos comunicamos bem.

Na saída de Ely, a placa anunciando the HWY 50, a Rodovia mais solitária da América! Trata-se de uma rodovia muito apreciada pelos motociclistas. Passa por muitos parques, a estrada é maravilhosa, com paisagens que nos entusiasmaram pela beleza! Tem curvas e longas retas, tem subidas e descidas, tem verde, tem deserto, enfim a natureza é farta! Além disso, tem pouco movimento e por isso, provavelmente a definição de solitária.
















Outra surpresa para nós foi a temperatura desde que entramos nos Estados Unidos. Como estamos no auge do verão, esperávamos altíssimas temperaturas, o que na realidade não encontramos até agora. O máximo que nos deparamos foi 33 graus no Texas, mas em uma parte do Arizona, Utah e principalmente em Nevada, em algumas partes tivemos embaixo de algumas nuvens os surpreendentes 7,5 graus. Cold! Frio! Além disso, quase todo dia temos que vestirmos a capa de chuva pois a chuva vem no final do dia. Ela vem e passa rápida e é fria e espessa, tipo os pingos chegam a incomodar mesmo em cima da roupa. E a avistamos de longe, embaixo de nuvens escuras. Ao lado das nuvens escuras, o sol radiante. Bem diferente!




A tõnica nos Estados Unidos tem sido esta: estradas boas, locais pequenos como Ozona, Carble Canion, Ely e cidades maiores como Albuquerque por exemplo. Mas em qualquer local destes, há lugares para ficar mesmo à beira da estrada. Lugares bons, limpos e a preços acessíveis. Isso torna a viagem aqui nos EUA muito prática. Diferente dos demais países que enfrentamos.

No caminho entre Ely e a belíssima e encantadora, paramos para tomarmos café em Eureka e no local, sentamos com um belga, cujo nome é Bruno Rauis. Ele é belga, mas mora em Hong Kong. Divorciou-se recentemente e veio dar um tempo na cabeça e fazer um trecho de motocicleta nos EUA. Também sentou-se conosco um americano de nome Bob, que viajava sozinho pela road 50. Ambos de muito boa conversa e simpáticos! Coisas do motociclismo! Sempre! Na estrada muitos motociclistas e muitos cumprimentos. A moto é um código para atrair pessoas e para sinalizar que somos da mesma tribo e que coadunamos em algumas coisas e coisas importantes diga-se de passagem.  Fantástico!






Como a estrada e o cenário enche os olhos a todos momento, muitas paradas para fotos, mas mesmo assim o trecho rende bem.

Chegamos no final da tarde em Tahoe City e a estrada da chegada em pista muito boa, numa descida cheia de curvas e o impressionante cenário do Lago Tahoe nos emocionou e nos deixou muito otimistas para o dia seguinte o que iria se confirmar conforme veremos mais adiante.





Não só nos Estados Unidos mas aqui principalmente com o nosso real desvalorizado os preços tem sido desfavoráveis para nós. Tanto café da manhã que os hotéis mais baratos não oferecem aqui e também o jantar, hotel, bebidas, quase tudo fica caro para nós. Neste aspecto a nossa viagem neste momento ruim da economia brasileira, também afeta a expedição.

Hoje quem viajou conosco foram a Karine Dalla Vechia e a Camila Lago, colegas de trabalho do Silvio e da Iara em Chapecó, que se engajaram nessa aventura e na contribuição ao albergue! Valeu!!!


Camila posando ao lado de Valentine Blanc antes do início da viagem!
Camila e Karine, acompanhando de perto a expedição!



3 comentários:

  1. Maravilha fico aqui pensando em minhas viagens que comparado parece ser no quintal da casa rsrsrs

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  2. Mucha suerte amigos... Continuó siguiendo su viaje a la espera de las crónicas de Alaska. Un abrazo desde Colombia

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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