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sábado, 27 de junho de 2015


23º. e 24º. Dia. – Despedindo do  Panamá e entrando na envolvente Costa Rica

23º. Dia-  De Panamá City/Panamá a Palmar Norte/Costa Rica

Saímos cedo da Panamá City e o calor já prometia. Na saída um pouco de trânsito que nos enrolou. Depois de uma hora aproximadamente, uma auto pista nos recebeu e também muitos policiais. O limite de velocidade é de 90kms/h. O Panamá foi o menor país que passamos até agora e o que mais nos pararam. Foram 05 vezes. Uma das vezes o policial advertiu o Gustavo que estava a 91km/h. A aduana nos parou duas vezes. Estranho, pois eles produzem mercadorias em zona livre. Então, são os outros países que devem se preocupar que seus cidadãos venham até o Panamá comprar mercadorias e não o Panamá. Mas enfim......

No caminho, nos deparamos com um norte americano de nome Bob, que viajava numa Shadow 750, com muitas histórias para contar e muitas viagens nas costas, inclusive a tentativa de passagem pela floresta de Daríen. Uma figura ímpar, que só encontramos por aqui. Muito massa!

Mr. Bob! Muita história pra contar!


Já comentamos  bastante sobre clima e temperatura, até porque este aspecto é muito importante numa viagem, sobretudo de moto, e isso influencia demais a pilotagem. Ontem, foi a maior sensação de temperatura que enfrentamos desde que saímos de Chapecó. Os termômetros marcavam entre 35 e 36 graus, mas a sensação térmica era muito superior. Sinceramente, parecia acima de 40 graus. Suamos demais e o desgaste físico foi grande. Água e água para não desidratarmos.

Chegamos na fronteira por volta das 16:00hs, no horário panamenho, porém, no fuso horário da Costa Rica é uma hora a menos, portanto, 15horas. A saída do Panamá, foi tranquila, só o registro de uma exigência bizarra. A imigração panamenha, exigiu de nós que estávamos saíndo do país, a vacina contra a febre amarela. Pode??? Mas, tudo bem. Resignados, apresentamos.

Burocracias!!!! Intermináveis!


Já os procedimentos do lado da Costa Rica, nos custaram aproximadamente entre umas duas horas. Imigração rápida, mas tivemos que fazer seguro obrigatório (25 dólares por moto) e a aduana burocrática. Pede fotocópia deste seguro obrigatório, do carimbo do passaporte constando o carimbo de entrada na Costa Rica, preenche uns dois formulários e só tinha um funcionário para nos atender. O outro, um sujeito de mal com a vida nem nos olhou no rosto. A questão das aduanas ainda vai dar muito pano para a manga. Tem que ter uma paciência danada, umas exigências sem sentido e anacrônicas e muitas vezes funcionários despreparados, desidiosos e mal educados. Nem sempre, mas em regra é assim.
Como ainda não tinha escurecido, objetivamos chegar em Palmar Norte, cerca de 80kms adiante. Uma estrada remendada, sem acostamento , mas sem buracos nos recebeu e ficamos felizes por já ter realizado os chatíssimos procedimentos aduaneiros.
Duas horas depois do início dos trâmites aduaneiros, eis que os expedicionários submergem do mar de burocracia que inunda as fronteiras das américas. Carimbos, papéis, cópias, assinaturas, inspeções e muita paciência constituem a travessia de um turista de uma fronteira a outra.  Chegaram ao cúmulo de nos cobrarem a vacina da Febre Amarela na saída do Panamá! Pedir vacina para deixar um país? Inimaginável. E alguns funcionários ainda agindo com má vontade e descaso. Mas já sabíamos que seria assim, uma vez que nossa experiência em nada divergiu daqueles que nos antecederam. Tomara que, os que nos sucederem, tenham melhor sorte!

"Listos?"  Foi o que perguntamos ao fiscal aduaneiro que ainda teve a pretensão de, indiretamente, nos pedir uma camiseta! "Nope"! (Nem pensar, ou nem f..., como queiram!)

Estando oficialmente no solo da Costa Rica, aceleramos nossas valentes deixando para trás só os cascalhos. Assim é a vida, se quiser flores, plante flores.

Entramos no país por volta das dezesseis horas da tarde e uma hora e quinze nos distanciava de Palmar Norte, cidade que nos hospedaríamos. Seria muito tranquilo, mas nada acontece sem aventura com "nosotros". Pois é! Acreditem! Tivemos problemas com a lei, heheh. Quer dizer, tivemos problema com uma senhora maluca, e por sorte a lei nos ajudou. Vejamos por esse prisma!

Continuem lendo as próximas linhas:

As paisagens exuberantes da Costa Rica são convidativas e nos inspiraram a conhecê-las melhor. Assim, seduzidos pelas florestas e palmeiras avistamos uma pequena estrada de terra que adentrava à mata, sem cercas, portões ou quaisquer placas indicativas. Ligamos as filmadoras e entramos com as motos.  A idéia era entrar um pouco, filmar, fotografar e sair. Era um local muito bonito. Foi o que fizemos, porém ao final da estrada, havia uma casa, onde o Gustavo que foi o primeiro a chegar foi recebido por um garoto de 16 anos e pediu permissão para fotografar. Em seguida, chegaram Silvio e Achilles. Silvio dirigiu-se agora à dona da casa, cumprimentou-a extendendo a mão e novamente explicou que estavam filmando e fotografando, perguntando se não a incomodava. A senhora com um sorriso falou que não.
Assim, os expedicionários sacaram as máquinas e começaram a fotografar, tomaram água e Achilles comentou com Silvio a atitude estranha da senhora, que entrou e se fechou em casa, parecendo assustada. Silvio concordou e disse que era melhor ir embora. Foi o que fizeram.
Andaram mais uns cinco minutos e chegaram à um controle policial de rotina, mostraram os documentos, conversaram com os policiais e na saída do controle as coisas mudaram!
Rapidamente chega um carro com um senhor, dizendo à polícia que deveria nos segurar, pois fomos à sua propriedade e sua mulher relatou que fizemos barbaridades. Disse ainda que à buscaria para testemunhar. Estava armado o circo! Entardecer na Costa Rica e a expedição enrolada com a lei!
Os policiais foram gentis, pediram que esperássemos e recolheram nossos passaportes. Perguntaram-nos se havíamos ingerido tóxicos, se deixamos alguma coisa na casa da senhora e solicitaram que relatássemos a história. Gustavo explicou que nada havia sido feito e tão pouco havia algo ilícito, Silvio mostrou as fotos retiradas na área, juntos explicaram sobre a expedição e o policial já de pronto falou que a mulher deve ter se assustado e disse para ficarmos tranquilos.
Trinta minutos depois, chegam o Sr do carro e sua esposa,  dona doida que conversaram com os policiais e saíram sem falar conosco.
O chefe do posto de controle, policial José Delgado, se aproximou da gente e perguntou se tinhamos algum problema com a polícia, respondemos que não e nos relatou que precisaria consultar a Interpol, já retornaria.  A esta altura do campeonato, Gustavo já estava irritado com a dona doida e Achilles calado, apenas avaliando a situação. Silvio mais tranquilo, continuava conversando com os policiais, e todos estavam certos de que tudo se resolveria.
Escureceu, as motos encostadas no patio da polícia da Costa Rica, à  beira da rodovia e o calor era infernal. Calor infernal é pleonasmo? Bem, sigamos!

Mais uns quinze minutos se passaram e o policial José vem sorrindo com nossos passaportes na mão, dizendo que nada aconteceu e estávamos liberados. Porém agora, queríamos saber o que a dona doida havia falado.  Os policiais contam que, segundo seus os relatos de dona doida,  quando Silvio olhou pra ela e apertou sua mão, à hipnotizou, deixando-a "mareada". E disse ainda que essa não era a primeira vez que isso acontecia, por isso ficou tão assustada e ligou pro marido! Pobre marido!
Um dos policiais brincou e disse que ela se enamorou nos olhos verdes de Silvio, heheheh
Gustavo e Achilles combinaram que Silvio não apertará mais a mão de ninguém na Costa Rica por via das dúvidas, assim como todos combinaram que Gustavo não andará mais na dianteira do comboio, pois parece que atrai os policiais, haja visto que no Panamá nos pararam umas quatro vezes, todas quando o Gustavo puxava o comboio. Mais uma aventura para a Expedição 3 Américas, dessa vez nas páginas policiais, hehehe

Que fique registrado que os policiais foram extremamente profissionais e tranquilos, compreendendo muito bem o ocorrido. Talvez se tivéssemos tido a má sorte de cair em mãos menos esclarecidas, sabe-se lá qual seria o fim da história!

A casa da dona doida!

O cachorro, que por sorte estava preso!

O policial que nos atendeu!



Chegamos a Palmar Norte com a noite já com ordens dadas, mas achamos um hotel simples que atendeu as nossas necessidades e o restaurante do hotel era muito bom.

Jantando e planejando o dia seguinte!

 

24º. Dia – de Palmar Norte, margeando o litoral da Costa Rica, até o balneário de Panarimbo.



Como de pronto nos simpatizamos com a Costa Rica, durante o jantar da noite anterior, deliberamos e concordamos em dar uma desviada da rota e conhecermos um balneário da Costa Rica. Se não fizéssemos isso o destino talvez fosse Libéria, primeira grande cidade na rota, mas optamos por desviar uns 30kms até o balneário de Tamarindo, esta entre as 10 melhores praias da Costa Rica.


Saímos cedinho, às 06:30hs, Anita, Valentine e Estelita já rodavam seus pneus na estrada do litoral Costa Riquenho. Um bem estar nos invadiu, pelo aroma da mata e do mar. Logo na saída entramos no parque nacional Ballena para tirarmos umas fotos. Confiram!














Logo depois paramos no Balneário Dominical, um lugar bacana para tomarmos café. Nesse local que havia alguns estrangeiros e pudemos conversar animadamente com um casal de franceses. Ele Bernard e ela Muriel. Moram no sul da frança e estão passeando na Costa Rica. Acho que acharam interessante a nossa expedição, pois conversamos bastante, um papo agradável , leve e algumas risadas, enquanto tomávamos uma xícara de café e um delicioso burrito. Rimos muito, pois Muriel contou que quando chegaram e viram as motos, foram até elas e viram os nomes escritos nas mesmas, de Anita, Valentine e Estelita. Bernard, disse que talvez fossem três mulheres viajando de moto. Já Muriel, muito atenta, observou que tinha uma cueca em cima da mala e disse que eram homens. Foi engraçado!

Lugar muito atrativo, no meio do nada entre a selva e o mar da Costa Rica!




Bernard e Muriel. Amáveis e divertidos, nos detivemos por algum tempo conversando com eles!




O dia transcorreu assim, tocávamos um pouco e parávamos para fotos, como no balneário de Jacó, Puntarenas e finalmente por volta das 15hs em Tamarindo.

A estrada pelo litoral é boa, porém, sem acostamento e com um pouco de movimento de carros e caminhões. Perto do Peru e Equador é fichinha. A tônica da falta de acostamento continua e o que complica é que com a falta de acostamento, os carros, caminhões e ônibus param em cima da pista, ou para virar e entrar, ou no caso dos ônibus para deixar passageiros. Sendo assim, temos que estar o tempo todos atentos e mesmo assim levamos sempre algum susto.

Entramos no hotel, tomamos um banho para refrescar e já fomos para a praia, fotografar, tirar fotos, almoçarmos e tomarmos cerveja. Um final de tarde espetacular, com um visual emocionante. As fotos e vídeo falam por si mesmos. Aí estão:










Costa Rica nos deixou uma excelente impressão.
Fizemos um videozinho caseiro para agradecer nossos amigos seguidores, confiram:

Assista o vídeo!

 
Um fraternal abraço a todos!

 Informações gerais sobre Panamá e Costa Rica

A moeda oficial do Panamá, aliás, as moedas oficiais do Panamá são o Balboa(que não vimos) e o dólar norte americano. Entretanto, só nos deparamos nas nossas transações financeiras, com o dólar. O preço da gasolina no Panamá está 0,940 de dólar. Quando falamos de preço dos combustíveis, sempre nos referimos à gasolina premium de alta octanagem. No Panamá por exemplo tinham duas. Uma de 91 octanos e outra de 95. Nós sempre colocamos a de mais alta octanagem.

Já na Costa Rica, a moeda oficial é o Colones e o Câmbio está assim nesta data: 01 dólar, vale 530 colones. A gasolina neste país custa 630 colones, algo em torno de 1,20 dólares.






Hoje, a nossa homenagem vai para um amigo que consideramos praticamente um integrante da expedição3américas. Trata-se do Ezequiel ou Zequi como é mais conhecido. Durante três meses ele esteve participando conosco do planejamento da viagem, pois viria conosco na viagem. Infelizmente, por motivos profissionais não pode realizar a viagem. Ele providenciou a nossa identidade visual que contempla as nossas camisetas e tudo mais. 




Grande abraço mano Zequi!!


4 comentários:

  1. espetacular tudo isto, show ...

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  2. Estão arrasando nas fotos e o blog sempre muito bem escrito!! Adorei a última foto desse post também rsrs. Abraços aos aventureiros!!

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  3. Continuamos aqui , sempre aguardando as novidades do trio .
    Relato excelente , belas fotos e o video um show.

    Nao sabia que vc era hipnotizador Gustavo .
    Abraços

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